Os saberes dos mundos nossos estão ali, bem ali no livro de André: livro tão André mas tão e tão André, que chegamos a plasmá-lo aqui, mesmo em casa, vendo-o ao lado e de frente e em muitas de sua dimensões de vida e arte e força, e ele, André, matérico como sempre, radiosamente matérico, sabe a que vem: e a quem vem quando avocado: não titubeia André: afirma: ah, esses um dos dons de André, proafirmar: por tanta e demasiada similitude com André em carne farta de intensividade em seu viver raro, risonho, poético, político, e bravo e altivo, gera-se o André em letra-poema-pensamento-vibração: diferido, diferido, diferido, pois plural plural plural plural: André (qual?) abre-se em Andrés: em cada poema, dedos, bocas e faros e falos em distintas direções: Andrés atraem: Andrés cheiram a hormônio: frascos de pulsões no livro, e fora de; daí os efeitos de a hora-depois (Cheguei atrasado no campeonato de suicídio); na hora-depois, o depois de monológicos sentimentos que chegam na hora, que crêem no haver a hora, e por isso morrem (pensam que morrem, como se!): em André, suicídio algum, pois Andrés: campeonato algum, pois Andrés: joguemos aos ventos perfumes vitais, diz André, e basta: bem na mão, toquemos –, eis: o livro espérmico.
Roberto Corrêa dos Santos
(Poeta, ensaísta e professor da UERJ)
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